terça-feira, 27 de julho de 2010

Aproxima-se a floração do girassol em Rio das Ostras

Nos próximos 14 dias (15 de agosto) deve ocorrer a floração das duas plantações de girassol do projeto apoiado pela FAPERJ em Rio das Ostras. O terreno de 1,5 hectares do agricultor Waldemir Alves Barcelos, o mais baixo dos dois terrenos naquele município, recebeu uma segunda adubação com 150 kg de uréia por ha e reagiu bem após a chuva de duas semanas atrás na região.
Neste sítio, o girassol mostra folhas grandes e a altura está se aproximando de 160 cm a 170 cm, a altura máxima da variedade Helianthus 863.
Esta variedade tem como característica esta altura menor em relação a variedade Helianthus 251 dos testes anteriores realizados pela empresa e que pode alcançar alturas de 210 cm. Em contrapartida a H 863 tem um teor mais alto de óleo entre 44% a 48%.
Está sendo observado um cultivar com uma boa saúde das plantas, porém com uma variação na altura de uns 30 cm. As plantas conseguiram preencher o espaçamento de 75 cm entre as fileiras inteiramente.
Não foi observada nenhuma ocorrência de doença nesta plantação, tais como mofo branco, alternaria ou mildew.
O outro terreno localizado também no distrito de Cantagalo, bem mais alto, mostrou para a variedade H 863 problemas de adaptação para uma situação de um terreno mais seco e a ausência de chuvas durante umas duas semanas no período dos primeiros 40 dias.
Este terreno tem pouca história de uso, o que significa um baixo teor de material orgânico no solo, o que prejudica a capacidade de reter a umidade do solo. A última chuva de 38 mm, deu uma levantada mas ficou evidente que a planta ficou estressada, querendo iniciar o ciclo de floração antecipadamente com uma altura mais baixa. Em alguns lugares a plantação não conseguiu encher totalmente o espaçamento de 75 cm. A expectativa é que esta plantação vai alcançar uma altura de 120 cm a 140 cm. Marcante também nesta plantação a ausência total de doenças até o momento desta visita.
Observando as duas plantações de H 863, ficou como ponto positivo a saúde das plantas, não mostrando até o momento qualquer ocorrência de doenças. Ponto de preocupação é a ausência de regularidade das chuvas na região, no caso de um terreno mais alto, seco ou com baixo teor de material orgânico. Neste caso, a disponibilidade de irrigação torna-se necessária.

domingo, 25 de julho de 2010

Consultores de Felicíssimo e Ramires realizam visitas técnicas aos municípios que implantaram projeto FAPERJ de Reaproveitamento de Biomassas Líquidas

Nos dias 23 e 24/07 os consultores de Felicíssimo e Ramires realizaram visitas técnicas aos municípios onde foram executadas as ações do projeto financiado e apoiado pela FAPERJ de Implantação da Cadeia de Reaproveitamento de Biomassas Líquidas (Óleo de Cozinha e Gorduras Animais) voltados para a Produção de Biocombustível. O objetivo principal foi conhecer a demanda dos grupos de produção beneficiados pelo projeto e verificar o bom andamento nas obras de infra estrutura realizadas e apoiadas com os recursos para maximizar e melhorar a coleta do óleo e, o bom funcionamento das mini usinas da LPM do Brasil, bem como estreitar os laços de relacionamento entre os consultores da empresa e os grupos de produção.
Estiveram presentes nesta visita os consultores da F&R: Pesquisadores Pedro Paulo S. Felicíssimo (Agroenergia e Bioenergia) e Ana Márcia Ramires (Saúde, DST's), Orlando Paulo Confalonieri (Química e Corrosão de Materiais), Lívia Dias (Bióloga e bolsista do CNPQ) e João Victor Ramires (Geografia)
Resende - local onde foi implantada a 1ª Usina de Beneficiamento de Óleo Vegetal Residual da LPM do Brasil, a equipe verificou as ótima instalações do grupo Ecoleta, pioneiro na região com o projeto Viva Óleo e que atualmente coleta um volume de cerca de 30.000 litros/mês. Rsende aguarda a autorização da AMPLA para dar início às operações com a planta.
Barra do Piraí - Grupo Óleo Local conta agora com uma excelente infra estrutura apoiada pela FAPERJ e vem dia a dia ampliando o raio de ação na sensibilização e coleta no entorno dos municípios de Volta Redonda, Vassouras e adjacências. Conta com uma mini usina da LPM do Brasil.
Valença - O Lar Meimei de Valença vem se sobressaindo pela boa articulação com as escolas municipais e o excelente trabalho social que vem realizando. Recebeu o apoio da FAPERJ, com pequenas obras de infra estrutura, material de divulgação e de coleta doados, além de uma mini usina da LPM do Brasil para purificação e tratamento do óleo de cozinha recolhido. Rio Bonito - O excelente apoio da Secretaria de Meio Ambiente de Rio Bonito vem permitindo que as ações de conscientização ambiental nas escolas se multipliquem e a coleta de óleo no município venha se acelerando mês a mês. Apesar das enormes dificuldades encontradas como por exemplo, a paralisação das operações de coleta seletiva no aterro sanitário, onde se encontra a mini usina da LPM do Brasil e os poucos recursos da Secretaria, Felicíssimo e Ramires vem aplicando bem os recursos da FAPERJ, tendo apoiado o material de divulgação e o conserto do veículo utilizado para a coleta do óleo, além é claro da mini usina.
São Gonçalo - Prosseguem as obras para a implantação da 2ª Usina de Beneficiamento de Óleo Vegetal Residual do Estado do Rio de Janeiro. O equipamento já encontra-se no local e além de beneficiar a comunidade do Salgueiro e a cooperativa de catadores do aterro sanitário de Itaoca com geração de empregos, renda e qualidade de vida, esta planta será utilizada por F&R e LPM do Brasil para a realização de testes de qualidade na obtenção do padrão biocombustível para o óleo de cozinha beneficiado e sua aplicação em motores estacionários modificados, objeto de projeto específico também apoiado pela FAPERJ.

Resende aguarda Cia.de Energia para partida da 1ª Usina de Beneficiamento de Óleo Vegetal Usado com apoio da FAPERJ

Com o término da montagem da 1ª Usina de Beneficiamento de Óleo Vegetal Residual ( popular óleo de cozinha usado) do Estado do Rio de Janeiro no município de Resende, a empresa responsável por sua operação, Ecoleta Comércio e Serviços de Reciclagem Ltda, aguarda a liberação e autorização da concessionária de energia AMPLA para dar início as suas operações. O equipamento da LPM do Brasil, cujo aluguel é custeado com recursos FAPERJ pelo período de 18 meses do projeto executado pela Felicíssimo e Ramires vai atender cerca de 15 municípios do Estado do RJ, coletando e retirando do meio ambiente uma estimativa entre 50.000 e 100.000 litros/mês de óleo vegetal usado até o final de 2010, tratando, purificando e beneficiando este produto e tornado-o apto a ser reaproveitado pelas indústrias de sabões e de biodiesel.
A unidade fornecida utiliza um destilador para a purificação do óleo. Além de ter a capacidade de retirar toda a água do óleo, o equipamento controla a carga microbiana e retira o odor desagradável do óleo de fritura. Também os gases são eliminados pelo processo.
A usina tem uma capacidade de tratamento de 600 litros/hora.
Com esta usina, o projeto VivaÓleo entra em uma nova fase (ver http://www.vivaoleo.com.br/). A Ecoleta que concebeu o projeto pioneiro em Resende vai ter acesso a mercados mais exigentes pela obtenção de melhor qualidade do produto, beneficiando assim um maior número de grupos de produção como cooperativas, associações de catadores e recicladores de resíduos urbanos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Barra do Piraí inicia a produção de óleo de cozinha purificado de alta qualidade

Com o apoio da FAPERJ e tecnologia da LPM do Brasil, a empresa Óleo Local de Barra do Piraí/RJ iniciou no último dia 17 de julho a sua produção de óleo de cozinha purificado, produzindo 2 (dois) lotes experimentais como forma de treinamento e teste da mini usina modelo LPM OC 350 A, desenhada e produzida pela Lamers Equipamentos Industriais Ltda, cujo projeto de Felicíssimo e Ramires Consultoria com o apoio da FAPERJ custeia a locação pelo prazo de 18 meses de sua execução.
Após um 1º ensaio com água para testar todas as funções da máquina e poder realizar o ajuste de válvulas de segurança e instrumentos, passou-se aos testes com o óleo usado coletado nos restaurantes da região e retirado do meio ambiente.
Os empreendedores Bruno e Rafael que tomaram a iniciativa de criar a Óleo Local em Barra do Piraí/RJ, preocupados com a questão ambiental da região, acompanharam todo o treinamento e deram partida nos testes com o óleo coletados em bombonas de 50 litros. Segue a descrição dos testes:
"Com uma certa voracidade a mini usina começou a absorver uma mistura de óleo e gordura que se encontrava nas bombonas e através da mangueira de sucção delas desapareceram rapidamente o conteúdo para vir a ser depositado no decantador . Três bombonas continham na sua quase totalidade gordura e crostas de farinha secos e saturados com óleo. Uma bombona continha uma substância gordurosa, cheia de restos de comida e material orgânico com uma crosta de fungo a encobrí-la. Observando o conteúdo desta bombona pode-se observar que o restaurante em questão (de onde ela provinha) oferecia em seu cardápio escarghots e crustáceos".
A pergunta era: como se comportaria o equipamento sob esta situação extrema? Decidiu-se pela continuação dos testes. Surpreendentemente a mini usina abserveu rapidamente o conteúdo depositando-o no decantador.
A mini usina então começou a processar este mix de óleo, gordura e material orgânico. Por causa da baixa temperatura na região nos últimos dias, o óleo estava muito frio e por esta razão o processo levou um pouco mais de tempo, Chegando ao final do processo de tratamento dos primeiros 500 litros a mini usina produziu 130 litros de água, 350 litros de produto e o restante de material orgânico. Impressionante a quantidade água que saiu da mini usina, porque não foi notada a entrada de água.
O processo quebra a emulsão de água e óleo e o que os catadores normalmente jogam fora, a borra, nesta usina é aproveitada e tem como resultado a produção de mais óleo e gordura do que normalmente é possível. esta grande quantidade de água era o resultado de uma matéria prima de baixa qualidade, mas para a finalidade de testes da usina muito bom, porque fpoi realizada sob condições adversas de oferecimento dapior matéria prima que poderia ser imaginada.
O Profº Lamers então levou consigo para a realização de testes laboratoriais mais apurados, 2(duas) garrafas com amostras para testar a qualidade do produto final.
O mini lab da LPM do brasil usou uma balança de massa para medir o teor de água + voláteis no produto intermediário ( após a 1ª decantação) e o valor ficou em 0,86%. Para o produto final após a bi-decantação este valor caiu para 0.14%
Para medir o total de particulados + água a LPM do brasil utiliza uma centrífuga em qual aplica uma rotação de 4.000 rpm durante 30 minutos. O totald eparticulados + água ficou bem abaixo de 1%, o que é muito marcante, levando em conta a matéria prima que foi oferecida.
A expectativa é de que esta nova unidade da LPM do Brasil que é parte integrante do projeto ambiental da Felicíssimo e Ramires Consultoria com o apoio da FAPERJ vai tratar os óleos das cidades de Barra do Piraí, Volta Redonda, Barra Mansa e região circunvizinha, oferecendo assim, pelo efeito multiplicador, maiores oportunidades na geração de emprego e renda para os catadores de resíduos nesta cidade.