No dia 17 de setembro de 2010 uma equipe de pesquisadores da PESAGRO Estação Campos dos Goytacazes sob a direção do pesquisador Wander Eustáquio, realizou a amostragem de produtividade do girassol nas duas áreas experimentais da FAPERJ na cidade de Rio das Ostras. Representando a empresa Felicíssimo e Ramires Consultoria estiveram presentes os pesquisadores Peter e Elisabeth Lamers da empresa co-executora do projeto LPM do Brasil.
Foi observado que as duas áreas cultivadas estão prontas em condições de colheita. Nos lugares mais altos dos dois terrenos, o girassol estava bem seco enquanto nas áreas mais baixas e mais úmidas, o girassol ainda não havia atingido esta condição passados 110 dias da semeadura.
Mesmo com os ventos fortes que predominam na região de Rio das Ostras nesta época do ano não foram observadas nenhuma planta quebrada ou derrubada, ficando comprovada a resistência da variedade H 863 a fortes ventos.
Os pesquisadores da PESAGRO mediram a altura da planta até o centro do capítulo e o seu respectivo diâmetro após escolher uma fileira homogênea de 10 metros, considerando somente os 5 metros centrais. Todos os capítulos destes 5 metros foram cortados e a produção destas plantas vai ser analisada em laboratório. este processo foi repetido 8 vezes para as duas plantações para se obter uma média.
Houve uma variação em diâmetro dos capítulos de 10 cm até 24 cm. Ficou muito evidente a relação entre umidade do solo, chuva e diâmetro do capítulo. Nos lugares mais altos e secos dos dois terrenos, a produção ficou muito prejudicada enquanto nos lugares mais baixos e úmidos foram obtidos resultados muito satisfatórios. As fotos acima mostram os dois cenários.
Avaliando o projeto de forma global, os pesquisadores da PESAGRO ficaram muito satisfeitos com os resultados destes experimentos da FAPERJ. As quatro plantações, duas em Rio das Ostras e duas em Campos dos Goytacazes, forneceram muitos dados científicos e práticos sobre a cultura na região. Pela primeira vez se realizaram plantações de um tamanho real e em condições até adversas como falta de chuvas durante o período de crescimento e enchimento de grãos.
Nas plantações em Rio das Ostras não foram usados herbicidas ou inseticidas. Somente foi aplicada uma adubação durante a semeadura e depois de 30 dias uma cobertura com uréia.Um bom preparo do solo fez com que as ervas daninhas ficassem sob controle como mostram as fotos.
A PESAGRO vai realizar uma prensagem experimental deste girassol para verificar o teor de óleo. Até o final do mês de setembro haverão os resultados da amostragem e poderão se relatar as conclusões finais sobre os experimentos.
Numa antecipação destes resultados podemos auferir que a variedade H 863 pode vir a ser considerada uma boa opção para a região devido a boa resistência contra doenças e ao vento predominante. Não foram anotadas pragas, se não ocorrer no último estágio a presença de pássaros se alimentando das sementes, como mostrado em uma das fotos.
Fica evidente a relação entre produtividade e disponibilidade de água para a plantação. Para a região de Rio das Ostras, se não houver disponibilidade de irrigação, será melhor optar pela realização da semeadura um mês antes do que o realizado no experimento.