Pela primeira vez a produção de
biodiesel vai chegar à fase comercial e industrial no Brasil. A empresa LPM do
Brasil, pioneira na pesquisa de produção de biodiesel através da rota
enzimática, está realizando testes comerciais em varias usinas de biodiesel no
Brasil.
A empresa localizada no município de
Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro está realizando estudos na área
de produção de biodiesel utilizando enzimas desde 2005 quando iniciou as
pesquisas em colaboração com o Instituto Fraunhofer da Alemanha.
Posteriormente quando a FAPERJ teve a atenção
despertada para estas pesquisas, o foco do trabalho era produzir o produto
“Novel”, um biocombustível diferenciado, idêntico ao biodiesel sendo que, neste
processo a produção de glicerina é evitada e um monoglicerídio formado, sendo
possível utilizar o mesmo em misturas com o diesel comum.
Ultimamente a escolha da enzima é
diferente e esta produz o biodiesel comum e a glicerina.
Um dos problemas mais difíceis na
introdução da tecnologia de produção de biocombustíveis pela rota enzimática, o
alto custo da enzima fez com que os pesquisadores que as produzem decidissem
pela imobilização das mesmas para poder recuperá-las.
Também ocorre o problema da enzima
perder a atividade em um curto espaço de tempo após uso entre 10 a 20 vezes no
processo.
Novamente com a ajuda da FAPERJ, a LPM
do Brasil iniciou vários testes para entender melhor como evitar a perda de
atividade e como aumentar a vida útil da enzima imobilizada.
Os testes, realizados com o apoio na
execução de estudantes e de um professor de uma universidade local, obtiveram
como resultados um aumento de três vezes na vida útil das enzimas.
Nestas pesquisas os pesquisadores focaram
muito nas condições físicas e químicas da mesma, tais como evitar a desintegração
das partículas por abrasão, a formação de borra na própria enzima entupindo os
poros e a dosagem do metanol.
A empresa visitou produtores de
enzimas na Europa entre outros para trocar informações e participou do “World
Bioenergy Symposium 2013” onde realizou um meeting
com esta intenção.
O resultado de todo este esforço é que
a LPM do Brasil está hoje em uma posição em que pode oferecer para o mercado brasileiro
o top of world na produção de
biodiesel com enzimas.
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