Alunos do Curso de Licenciatura em Geografia da UERJ de São Gonçalo realizaram excelente trabalho de pesquisa de campo sobre os impactos ambientais da instalação do Complexo Petroquímico em Itaboraí/RJ.
O crescimento urbano esperado na região acarretará certamente na necessidade da ela boração de políticas públicas a nível municipal, estadual e federal para amenizar os diversos impactos esperados: econômico, social e ambiental.
Educação ambiental, treinamento e capacitação para a coleta seletiva, ações reguladoras e fiscalizadoras sobre as Áreas de Proteção Ambientais no entorno do COMPERJ são preocupações do projeto que Felicíssimo e Ramires com apoio da FAPERJ vem realizando com as Secretarias de Meio Ambiente dos municípios de Rio Bonito e Tanguá para a retirada e tratamento de biomassas líquidas residuais ( óleo de cozinha) evitando a contaminação de fontes subterrâneas e leitos de rios pertencentes as diversas bacias hidrográficas da região.
A área de proteção ambiental de Guapimirim (APA) compõem a maior área de manguezal preservada do Estado do Rio de Janeiro. A APA está localizada no fundo da Baía de Guanabara e possui uma extensão de 14.340 hectares abrangendo os municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Guapimirim e Magé. Com coordenadas geográficas entre 22°46’ latitude sul e 42°57’ e 43°07 longitude oeste; limita-se ao norte com a rodovia BR-493 e a área urbana do município de Magé; ao sul com a serra de Itauna e a ilha de Itaoca; a leste com a rodovia BR-493 e o ramal de Itambi-Campos 8; e a oeste com a Baía de Guanabara.
Atualmente, a APA esta enfrentando alguns problemas em relação ao aumento da poluição da baía de Guanabara e, principalmente, com a construção do novo pólo petroquímico. O objetivo do presente estudo foi investigar a situação da população residente na APA, destacando a relação homem-natureza, e avaliar os prováveis efeitos da instalação do novo pólo petroquímico.
O grupo realizou 5 visitas à APA. A primeira visita foi feita para o reconhecimento do local e avaliação do estado da APA (fig. a, b e c). Na segunda visita puderam conhecer a sede e o chefe da APA, Breno Merreira cuja entrevista está abaixo. E durante as outras visitas conheceram e entrevistaram alguns moradores.
Durante a pesquisa de campo perceberam que a maioria dos residentes da APA vive em condições precárias não havendo saneamento básico. A comunidade vive basicamente da captura e venda de caranguejo. O período da pesquisa coincidiu com o periodo de defeso (época de reprodução de caranguejo), em que os catadores são proibidos de catar caranguejo. De acordo com o relato dos moradores, durante este periodo o governo disponibiliza uma ajuda de custo para os catadores cadastrados, no entanto, os moradores estavam reclamando de não ter recebido essa ajuda. Por causa disto, alguns moradores não respeitavam o defeso e continuavam a catar caranguejo. Será que eles estão errados? Eles estão sendo éticos quando eles infringem esta regra?
As obras do novo pólo petroquímico já começaram e não houve, até agora, nenhuma melhoria para essa comunidade. Onde esta a ética empresarial com essa comunidade? Será que esse centro industrial se tornará a reduque de Duque de Caxias, concluem os alunos. Estas indagações são preocupantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para aperfeiçoarmos as postagens