quarta-feira, 26 de maio de 2010

Plantação experimental de girassol em Rio das Ostras do Projeto FAPERJ: fases de adubação e semeadura

No dia 25 de maio teve início a plantação experimental de girassol da 2ª fase do projeto apoiado pela FAPERJ em Rio das Ostras/RJ. No total são 3,5 ha em que a Prefeitura de Rio das Ostras está participando por intermédio da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca e sob coordenação de Francisco Augusto Guedes Nogueira (Guto), Diretor do DEAGRO-SEMAP.
O acompanhamento técnico é realizado pela PESAGRO Estação Campos dos Goytacazes e pelo Profº Peter Lamers, Diretor da LPM do Brasil e consultor de Felicíssimo e Ramires neste projeto.
Após a análise de solo realizada pela Universidade Rural de Campos, decidiu-se por uma adubação típica de 350 kg de 4-14-8 e 10 kg de Yhara por ha para realizar um suplemento equivalente a 2 kg de boro por ha ( o que é recomendado pela Helianthus para a cultura).
Esta adubação é aplicada ao lado da plantação e semeada ao lado das sementes de girassol. Mais tarde será aplicada uma adubação adicional de 120 kg de uréia por ha.
Na semeadura foi utilizada uma máquina Tatu de 3 elementos, muito utilizada na agricultura fluminense para semear milho e feijão.
A sistemática de semear é com discos e as sementes são semeadas por gravidade em vez de vácuo como em máquinas pneumáticas de alta precisão. Torna-se necessário comprar discos específicos para o girassol e deve-se prestar muita atenção ao tipo de híbrido semeado em razão do tamanho exato dos furos do disco. A semente utilizada, helios 250, é um pouco mais robusta, o que demanda furos obtusos longos e mais largos. O técnico da PESAGRO Campos, Leonício, que acompanha o projeto, fez a avaliação dos discos e pode ser consultado pelos interessados em cultivar o girassol sobre qual disco escolher em relação ao híbrido a ser semeado. Também é possível consultar a Helianthus do Brasil sobre o assunto.
A distância entre as fileiras ficou em 80 cm. A Helianthus recomenda 45.000 plantas por ha, o que significa, plantas germinadas. Os testes de germinação das sementes no laboratório da PESAGRO em Campos apresentou um índice de germinação de 80%-85%. devido ao fato de que o terreno escolhido não tem um histórico ( anteriormente pasto) de uso agrícola, os técnicos da PESAGRO aconselharam trabalhar com um índice de germinação de 70% para obter mais segurança.
Pelo fato de que a máquina usa o sistema de discos, a velocidade do trator é um fator muito relevante durante a semeadura para evitar um grande número de falhas e de que os discos danifiquem as sementes. É recomendável não utilizar uma velocidade superior a 4 km/hora. Neste experimento foi usado um trator Massey Ferguson, modelo 275, e para este trator pode-se usar a marcha L3 e L4.
No preparo da máquina para o plantio ficou evidente que este equipamento mostra uma limitação na quantidade de sementes que se pode plantar por ha. Isto deve-se ao fato da necessidade da troca das rodas dentadas para as correntes para aproximar a quantidade desejada. Neste caso, só foi possível semear uma quantidade 10% maior do que o calculado pela falta de disponibilidade de rodas que podiam realizar o câmbio ideal. A disponibilidade de uma máquina pneumática de alta precisão para semear milho, feijão e girassol poderia vir a ser um grande avanço para a região visto que apenas a Prefeitura de Rio das Ostras tem em seu Programa de Agricultura mais de 200 agricultores participantes.
A PESAGRO Estação de Campos dos Goytacazes tem uma vasta experiência em plantações de girassol realizados nos últimos anos, sob a direção do pesquisador Wander Eustáquio e do técnico Lenício. Especificamente na região de Rio das Ostras existe uma boa cooperação entre a Prefeitura e a PESAGRO mostrando bons resultados no campo. Esta cooperação conseguiu despertar um grupo de 200 agricultores familiares. O foco é a plantação de milho e feijão, mas recentemente foram realizados testes com arroz e agora as primeiras plantações experimentais de girassol.
Pela PESAGRO atuam para dar suporte para o feijão o pesquisador Benedito e para o arroz o pesquisador Silvino Amorim. A Prefeitura de Rio das Ostras quer ser um instrumento de aceleração para o desenvolvimento do campo e por esta razão dá apoio a pesquisas, treinamento e preparo do solo para um grupo de agricultores para que posteriormente eles possam seguir de forma independente e auto suficiente.

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