terça-feira, 21 de setembro de 2010

Realizada a amostragem de produtividade de girassol Helio 863 da Heliagro na área experimental da FAPERJ em Rio das Ostras

No dia 17 de setembro de 2010 uma equipe de pesquisadores da PESAGRO Estação Campos dos Goytacazes sob a direção do pesquisador Wander Eustáquio, realizou a amostragem de produtividade do girassol nas duas áreas experimentais da FAPERJ na cidade de Rio das Ostras. Representando a empresa Felicíssimo e Ramires Consultoria estiveram presentes os pesquisadores Peter e Elisabeth Lamers da empresa co-executora do projeto LPM do Brasil.
Foi observado que as duas áreas cultivadas estão prontas em condições de colheita. Nos lugares mais altos dos dois terrenos, o girassol estava bem seco enquanto nas áreas mais baixas e mais úmidas, o girassol ainda não havia atingido esta condição passados 110 dias da semeadura.
Mesmo com os ventos fortes que predominam na região de Rio das Ostras nesta época do ano não foram observadas nenhuma planta quebrada ou derrubada, ficando comprovada a resistência da variedade H 863 a fortes ventos.
Os pesquisadores da PESAGRO mediram a altura da planta até o centro do capítulo e o seu respectivo diâmetro após escolher uma fileira homogênea de 10 metros, considerando somente os 5 metros centrais. Todos os capítulos destes 5 metros foram cortados e a produção destas plantas vai ser analisada em laboratório. este processo foi repetido 8 vezes para as duas plantações para se obter uma média.
Houve uma variação em diâmetro dos capítulos de 10 cm até 24 cm. Ficou muito evidente a relação entre umidade do solo, chuva e diâmetro do capítulo. Nos lugares mais altos e secos dos dois terrenos, a produção ficou muito prejudicada enquanto nos lugares mais baixos e úmidos foram obtidos resultados muito satisfatórios. As fotos acima mostram os dois cenários.
Avaliando o projeto de forma global, os pesquisadores da PESAGRO ficaram muito satisfeitos com os resultados destes experimentos da FAPERJ. As quatro plantações, duas em Rio das Ostras e duas em Campos dos Goytacazes, forneceram muitos dados científicos e práticos sobre a cultura na região. Pela primeira vez se realizaram plantações de um tamanho real e em condições até adversas como falta de chuvas durante o período de crescimento e enchimento de grãos.
Nas plantações em Rio das Ostras não foram usados herbicidas ou inseticidas. Somente foi aplicada uma adubação durante a semeadura e depois de 30 dias uma cobertura com uréia.Um bom preparo do solo fez com que as ervas daninhas ficassem sob controle como mostram as fotos.
A PESAGRO vai realizar uma prensagem experimental deste girassol para verificar o teor de óleo. Até o final do mês de setembro haverão os resultados da amostragem e poderão se relatar as conclusões finais sobre os experimentos.
Numa antecipação destes resultados podemos auferir que a variedade H 863 pode vir a ser considerada uma boa opção para a região devido a boa resistência contra doenças e ao vento predominante. Não foram anotadas pragas, se não ocorrer no último estágio a presença de pássaros se alimentando das sementes, como mostrado em uma das fotos.
Fica evidente a relação entre produtividade e disponibilidade de água para a plantação. Para a região de Rio das Ostras, se não houver disponibilidade de irrigação, será melhor optar pela realização da semeadura um mês antes do que o realizado no experimento.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Observações fitopatológicas do girassol em Campos dos Goytacazes/RJ - Projeto FAPERJ

No último dia 14 de setembro foi realizada pela equipe de pesquisadores da PESAGRO Estação Campos dos Goytacazes uma avaliação da plantação de girassol na área agrícola selecionada dentro do projeto FAPERJ pertecente ao agricultor Jaime.
Nesta ocasião o cultivo, iniciado no dia 30 de junho, estava no auge do florescimento e a equipe sob a liderança do engº agrônomo Wander Eustáquio mediram a altura, densidade e diâmetro do caule das plantas. Foram analisadas também a saúde das plantas e a presença de pragas.
Observou-se uma altura média das plantas (variedade Hélio 863) entre 90-120 cm. Esta variedade é conhecida por um alto teor de óleo e uma menor altura em média. A maior altura observada foi na área experimental em Rio das Ostras atingindo entre 170-180 cm, o que equivale aos dados fornecidos pelo fabricante das sementes, a Heliagro. Com o espaçamento utilizado de 80 cm entre as fileiras contou-se uma densidade de 5-6 plantas por metro na fileira, dando uma população de 60.000 - 70.000 plantas por ha. Esta alta população foi causado por uma porcentagem de germinação mais elevada do que observada nos experimentos em Rio das Ostras. A recomendação da Heliagro éd euma densidade de 45.000 plantas por ha.
O terreno em Campos dos Goytacazes é uma várzea onde o cultivo de arroz antecedeu o experimento com o girassol. No momento do cultivo o terreno ainda apresentava uma boa umidade e um alto teor de material orgânico residual do cultivo do arroz.
No período inicial o girassol desenvolveu bem aproveitando a umidade e a aplicação do adubo. O mês de agosto e nas duas primeiras semanas de setembro houve em sua maioria escassez de chuvas, não tendo sido utilizada irrigação para mitigar estes efeitos. Isto ocasionou que a plantação ficou com uma altura menor, tendo a densidade causado um efeito de competição entre as plantas, resultando em um diâmetro menor do caule em comparação com Rio das Ostras.
De semelhança entre os experimentos nos dois municípios, observamos em Campos uma boa saúde das plantas, não mostrando nenhuma doença em nenhuma das fases de crescimento das plantas. Este parece ser um ponto extremamente positivo da variedade Helio 863.
Foram analisadas a presença de pragas e constatada a presença do percevejo da soja em menos de 5% das plantas e descoberta uma lagarta da soja em apenas um capítulo (fator isolado). A presença dos percevejos foi sempre verificada no local onde nasce o capítulo como mostram as fotos. A infestação foi observada sómente neste período nunca tendo sido observada anteriormente. Anotou-se que uma colheita de feijão fora realizada recentemente ao lado tendo causado certamente a migração do inseto. Foram encontrados somente exemplares adultos sugando a seiva da planta.
Para os interessados divulgamos a seguir alguns trabalhos científicos sobre pragas que podem ocorrer na plantação de girassol:
(i) Artigo de Amabilio Aires de Camargo e Renato Fernando Amábile da EMBRAPA Cerrados publicado na edição nº 14 da revista Cultivar Grandes Culturas de março de 2000 no endereço: http://www.grupocultivar.com.br/artigos/artigo.asp?id=221
(ii)Estudo de Rafael Tissot Frota e Regis Sivori Silva dos Santos sobre os percevejos em girassol no endereço: http://www.biotemas.ufsc.br/volumes/pdf/volume204/p65a71.pdf
(iii) Comunicado Técnico da EMBRAPA nº 50 no endereço: www.cpac.embrapa.br/download/179/t

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Felicissimo e Ramires e LPM do Brasil iniciam a conversão de motores estacionários para a utilização do óleo vegetal residual como biocombustível

Demonstrando o total comprometimento do Governo do Estado com a nova equação educação ambiental + energias renováveis = economia sustentável que envolve o desenvolvimento de pesquisas de novas fontes de biocombustíveis em alternativa ao biodiesel, a FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro aprovou fomento para que as empresas Felicíssimo e Ramires Consultoria e Lamers Project Management iniciem o desenvolvimento de Processo e Equipamento destinado ao aproveitamento de Biomassas Líquidas Residuais (gorduras vegetais e animais) em seu uso como biocombustível, administrado ao diesel convencional em motores estacionários.
As pesquisas em fase já avançada e iniciadas a cerca de 3 (tres) anos pelo Dr. Peter Wilhelmus Henricus Lamers em colaboração direta com o Instituto Fraünhofer na Alemanha que adotou o processo com enzimas como rota para o desenvolvimento de biocombustíveis de 2ª geração, ganha novo fôlego com os recursos advindos da FAPERJ e são um seguimento do projeto de Reaproveitamento de Biomassas Líquidas iniciado em novembro de 2009 com o apoio da instituição que desenvolveu e implantou mini usinas de tratamento e purificação do óleo de cozinha usado nos municípios de Valença, Barra do Piraí e Rio Bonito e a 1ª usina de Beneficiamento de Óleo Vegetal Residual no Estado do RJ no município de Resende ( ver http://www.vivaoleo.com.br/).
As fotos acima mostram a construção da 2ª Usina de Beneficiamento de Óleo Vegetal Residual do Estado, localizada no bairro do Salgueiro, município de São Gonçalo próxima ao aterro sanitário de Itaoca e que servirá de protótipo para a realização dos testes do novo projeto.
As empresas Felicíssimo e Ramires e LPM do Brasil estão realizando neste projeto parcerias com o INT - Instituto Nacional de Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro para acompanhamento das análises e testes e com uma empresa de locação de grupos geradores que está se instalando nas proximidades do Novo Complexo Petroquímico da Petrobrás no município de Itaboraí, RJ para a conversão do primeiro motor.
Como contrapartida neste projeto, o Dr. Peter Lamers realizou visita à empresa Elsbett na Alemanha, a qual detém tecnologia de conversão de motores para o uso de biocombustíveis à base de óleos vegetais para transferência de tecnologia para o Brasil e no mês de outubro devem-se iniciar os trabalhos de conversão do 1º motor com a supervisão do engº daquela empresa.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Programa Inter Rural da Rede Globo no interior do estado realiza reportagem sobre o projeto FAPERJ de Girassol

No último dia 5 de setembro o canal Inter TV afiliado da Rede Globo que transmite para o interior do Estado do Rio de Janeiro apresentou no programa Inter Rural, reportagem realizada em Rio das Ostras sobre o plantio de girassol do projeto realizado pelas empresas Felicíssimo e Ramires e LPM do Brasil com o apoio da FAPERJ. Veja na íntegra a reportagem no endereço http://in360.globo.com/rj/noticias.php?id=10574