quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Observações fitopatológicas do girassol em Campos dos Goytacazes/RJ - Projeto FAPERJ

No último dia 14 de setembro foi realizada pela equipe de pesquisadores da PESAGRO Estação Campos dos Goytacazes uma avaliação da plantação de girassol na área agrícola selecionada dentro do projeto FAPERJ pertecente ao agricultor Jaime.
Nesta ocasião o cultivo, iniciado no dia 30 de junho, estava no auge do florescimento e a equipe sob a liderança do engº agrônomo Wander Eustáquio mediram a altura, densidade e diâmetro do caule das plantas. Foram analisadas também a saúde das plantas e a presença de pragas.
Observou-se uma altura média das plantas (variedade Hélio 863) entre 90-120 cm. Esta variedade é conhecida por um alto teor de óleo e uma menor altura em média. A maior altura observada foi na área experimental em Rio das Ostras atingindo entre 170-180 cm, o que equivale aos dados fornecidos pelo fabricante das sementes, a Heliagro. Com o espaçamento utilizado de 80 cm entre as fileiras contou-se uma densidade de 5-6 plantas por metro na fileira, dando uma população de 60.000 - 70.000 plantas por ha. Esta alta população foi causado por uma porcentagem de germinação mais elevada do que observada nos experimentos em Rio das Ostras. A recomendação da Heliagro éd euma densidade de 45.000 plantas por ha.
O terreno em Campos dos Goytacazes é uma várzea onde o cultivo de arroz antecedeu o experimento com o girassol. No momento do cultivo o terreno ainda apresentava uma boa umidade e um alto teor de material orgânico residual do cultivo do arroz.
No período inicial o girassol desenvolveu bem aproveitando a umidade e a aplicação do adubo. O mês de agosto e nas duas primeiras semanas de setembro houve em sua maioria escassez de chuvas, não tendo sido utilizada irrigação para mitigar estes efeitos. Isto ocasionou que a plantação ficou com uma altura menor, tendo a densidade causado um efeito de competição entre as plantas, resultando em um diâmetro menor do caule em comparação com Rio das Ostras.
De semelhança entre os experimentos nos dois municípios, observamos em Campos uma boa saúde das plantas, não mostrando nenhuma doença em nenhuma das fases de crescimento das plantas. Este parece ser um ponto extremamente positivo da variedade Helio 863.
Foram analisadas a presença de pragas e constatada a presença do percevejo da soja em menos de 5% das plantas e descoberta uma lagarta da soja em apenas um capítulo (fator isolado). A presença dos percevejos foi sempre verificada no local onde nasce o capítulo como mostram as fotos. A infestação foi observada sómente neste período nunca tendo sido observada anteriormente. Anotou-se que uma colheita de feijão fora realizada recentemente ao lado tendo causado certamente a migração do inseto. Foram encontrados somente exemplares adultos sugando a seiva da planta.
Para os interessados divulgamos a seguir alguns trabalhos científicos sobre pragas que podem ocorrer na plantação de girassol:
(i) Artigo de Amabilio Aires de Camargo e Renato Fernando Amábile da EMBRAPA Cerrados publicado na edição nº 14 da revista Cultivar Grandes Culturas de março de 2000 no endereço: http://www.grupocultivar.com.br/artigos/artigo.asp?id=221
(ii)Estudo de Rafael Tissot Frota e Regis Sivori Silva dos Santos sobre os percevejos em girassol no endereço: http://www.biotemas.ufsc.br/volumes/pdf/volume204/p65a71.pdf
(iii) Comunicado Técnico da EMBRAPA nº 50 no endereço: www.cpac.embrapa.br/download/179/t

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