quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Consultores de Projeto FAPERJ visitam mini usina de óleos vegetais da Cooperbiobrasil no PR


No último dia 27/01 os consultores do projeto de plantios experimentais de girassol da F&R/FAPERJ no RJ efetuaram visita técnica ao Paraná à convite da COOPERBIOBRASIL para conhecer a mini usina comunitária de óleo vegetal desenvolvida em conjunto com a REPAS - Rede Evangélica Paranense de Assistência Social para atender aos pequenos e médios agricultores familares.
Desenvolvida para atender ao esmagamento de diversas oleaginosas, a mini usina opera e produz óleos vegetais de qualidade extravirgem de grãos de girassol, linhaça, amendoim, colza e canola que são comercializados em feiras de orgânicos de Curitiba e municípios da região com ampla aceitação pelo mercado e alto valor agregado.
Os principais objetivos da visita de F&R e LPM do Brasil foi de conhecer o processo, sua produtividade e eficiência para futura implantação de uma planta no RJ e estabelecer um acordo comercial com a COOPERBIOBRASIL para o desenvolvimento da 2ª fase do projeto financiado pela FAPERJ da cadeia produtiva do girassol. As principais observações técnicas sobre o processo e o produto azeite de girassol analisadas e debatidas em conjunto pelos Consultores Pedro Felicíssimo, Peter Lamers, Profºs Werner Fuchs e Edson Guerra e Engº Armin Titschkowski foram:
Problema com o longo tempo de decantação (cerca de 1 semana) e ao mesmo tempo evitar o contato com ar para evitar a oxidação. A velocidade da decantação no caso de processamento com girassol é maior do que com os outras oleaginosas. O funcionamento do descascador usando girassol como matéria prima é mais complicado, devido ao tamanho irregular do grão. A formação de cera têm que ser evitado.
As análises já realizadas pela COOPERBIOBRASIL e existentes sobre o produto disponiblizadas para F&R e LPM do Brasil foram: 1 - Quality Analysis of Cold Extracted Sunflower
Análise Comparativa com óleo vegetal refinado ( supermercado) Resolução ANVISA ( exigências)
2 - Texto do engº agrônomo Sylmar Dennuci da CATI/SAA-SP - testes de campo tratores (vários modelos)
3 - testes de acidez da TECPAR - Foram feitos testes de acidez pelo laboratório da TECPAR. Usando como metas um acidez menor do que 1% o produto é considerado extra virgem, entre 1 e 2,49% o produto é considerado virgem e maior do que 2,5% é considerado natural.
As primeires testes, com oleo de linhaça produzido pela miniusina mostraram a produção da qualidade extra virgem.
Sendo que segundo P. Lamers, o painel organoléptico da EMBRAPA/RJ comentou que um oleo com um grau de acidez > 2% a apreciação para o produto pelo consumidor começa cair.
A ANVISA estabelece como parâmetro para um óleo em extração a frio um grau de acidez de até 4%.
4 - Laudo do Laboran/São José dos Pinhais - acidez
5 - Laudo da Witmarsum ( utiliza uma prensa ECIRTEC) - de eficiência da extração.
6 - Métodos de medição e padrões utilizados pela TECPAR
7 - Análises realizadas nos materiais oleaginosas na mini usina comunitária de extração de óleo vegetal na colônia Witmarsum : teor de óleo, teor de fósforo
8 - Análise da torta: lipídeos, proteína, carbohidratos, minerais - dependendo da variedade do girassol há um maior ou menor grau de proteína ( em torno de 30%) definindo assim o seu valor comercial.
Análises a serem realizadas pelo projeto F&R/FAPERJ na Embrapa Alimentos RJ - O objetivo é complementar as análises ja´realizadas no PR pela COOPERBIOBRASIL e intercambiar as informações técnicas entre os dois projetos. Foram trazidas do PR nesta viagem 2,5 litros de azeite virgem de girassol para análises na EMBRAPA Alimentos RJ
Estas 1ªs análises vão nos fornecer os estágios iniciais em que se encontra o produto fabricado no PR e o que deve ser aperfeiçoado no processo e no produto para alcançar e atingir a qualidade necessária para uma ótima aceitação no mercado. Tambem vão dar uma boa indicação do tempo de validade do produto, porque os lotes das amostras foram produzidas em maio no ano passado.
Com esta finalidade foi realizado um acordo de colaboração entre F&R e COOPERBIOBRASIL. O 2º estágio será o esmagamento imediato de 1 ton de grãos produzida pelo projeto FAPERJ com apoio da PESAGRO Estação Campos conjugado com uma compra de sementes produzidas pelo projeto no PR. Isto vai gerar cerca de 300 litros deóleo em 2 lotes diversos ( 600 grfs de 500 ml) que servirão para as análises "a posteriori" pelo Painel Embrapa Alimentos RJ para verificar se foi atingida as recomendações da 1ª análise realizada com os 2,5 litros iniciais.
Foi definido em conjunto pelo Profº Lamers e a Engª de Alimentos Mariane Rocha da COOPERBIOBRASIL as seguintes análises: (i) Definir a especificação do produto final - não há especificação da ANVISA para o padrão de óleo virgem. Padrão de acidez também não tem. Devem ser definidas então as questões organolépticas e nutritivas ( padrão de identidade e qualidade). (ii) Análise do teor de água - Uma solução é retirar a água com gel polímero (iii) Cheiro - a ser realizado pelo painel organoléptico EMBRAPA/RJ (iv) Cor - análise Levibond Estando os padrões alimenticios alcancados, pode se partir para um processo de aprovação em medicamentos fitoterapêuticos e cosmeticos.
(v) Rancidez do óleo - oxidação - que causa mudanças nas características organolépticas. (vi) Ácidos Oléico - ômega 9 Linoleico - ômega 6 Linolênico - ômega 3 (vii) Vitaminas - combinação E e A ( viii) Goma - forma uma viscosidade diferente.

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