No último dia 27/01 os consultores de F&R Pedro Felicíssimo e Peter Lamers iniciaram visita técnica ao Paraná pra delinear a 2ª fase do projeto apoiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ para introdução da cultura do girassol na agricultura fluminense e desenvolvimento de um novo produto a ser lançado no mercado: o azeite de girassol extra virgem.
Recebidos pelo Profº Werner Fuchs, diretor comercial da COOPERBIOBRASIL, o Profº Edson Guerra da PUC/PR e UFPR e o Engº Armin V. Titschkowski, responsável pela engenharia, montagem e manutenção da mini usina comunitária de óleo vegetal a qual F&R e LPM do Brasil pretendem implantar uma unidade no RJ, iniciamos a visita pela Cooperativa Witmarsum, modelo atual do agronegócio brasileiro com o objetivo de conhecer a planta da mini usina existente no local , um veículo adaptado para transitar com 100% de óleo vegetal e reuniões com a diretoria da cooperativa para viabilizar o esmagamento e produção do óleo de girassol proveniente do experimento de 20 ha a ser realizado pelo projeto F&R/FAPERJ em março com o apoio da PESAGRO estação Campos dos Goytacazes no RJ.
A colônia Witmarsum é um modelo do agronegócio brasileiro. Possui alta tecnologia com uso de maquinário de ponta. Realiza plantios diretos de canola, milho, soja, avicultura e sustento do gado por silagem. Há predominância do gado holandês, pardo suíço e girholanda. Exerce um controle da relação peso/produção com média de produção de 45 a 50 litros de leite/dia.
Visitamos então o galpão oficina de Gilton Neuber, mecânico contratado pela COOPERBIOBRASIL que desenvolveu um mecanismo ( modificador molecular) para aquecimento elétrico, conversão de motores diesel e a utilização do óleo vegetal. No caso da caminhonete ( ver foto acima), o sistema é paralelo ao diesel existindo um 2º tanque e uma pequena chave no painel para conversão do diesel para o óleo vegetal. No caso do tratores utilizados na colheita ( o CPRA - Centro Paranaense de Referência em Agroecologia utiliza um trator com 20% de mistura), a recomendação da TECPAR - Instituto de Tecnologia do Paraná que realizou análises de desempenho do motor é a utilização em uma mistura de 20%.
F&R e LPM do Brasil vem demonstrando um grande interesse neste processo devido a existência de empresas que estão se instalando no entorno do novo Pólo Petroquímico do RJ (município de Itaboraí) de utilizarem processo semelhante em suas máquinas ( incluindo o uso do óleo vegetal usado, o popular óleo de cozinha). O custo está estimado no PR em torno de R$ 1.500,00 para conversão dos motores.
A PETRONAS no Paraná tem realizado análises (300 hrs/uso) sem encontrar vestígios do óleo no carter.
A planta da mini usina na Witmarsum foi desmontada para ser adequada a um novo local de acordo com as normas de higiene necessárias à produção do azeite extra virgem. Vale a pena neste momento comentar que o projeto no Paraná não está focado apenas no processamento do óleo de girassol, mas também do óleo de linhaça, canola, colza e amendoim, sendo estes já negociados pela COOPERBIOBRASIL no mercado paranaense com alto valor agregado e ampla aceitação pelo consumidor.
A reunião com a diretoria da Witmarsum teve por objetivo viabilizar o esmagamento de 20 ha e 30 tons de grãos previstos para a colheita em agosto no RJ. Devido ao alto volume a COOPERBIOBRASIL não teria como estocar os grãos. Com a presença do Presidente da Cooperativa Witmarsum, Sr. Ewald Warkentin, do Diretor Gerente, Sr. Jefferson Ferst, do Engº Agrônomo responsável pleo projeto na Witmarsum, Gernold Schartner, dos Profºs Werner Fuchs e Edson Guerra e dos consultores da F&R, foi apresentado inicialmente as metas e os objetivos do projeto F&R/FAPERJ no RJ e a necessidade de cooperação da Witmarsum para a viabilização do esmagamento e produção do óleo gerado em agosto.
Prontamente a Diretoria da Witmarsum aceitou o acordo e prometeu enviar uma proposta comercial a F&R para realização da estocagem e armazenamento da produção a ser realizada no RJ com o apoio da PESAGRO estação Campos dos Goytacazes.
Em relação a torta que vai ser gerada nestes 30 tons e cujo objetivo de F&R e LPM do Brasil é viabilizar comercialmente a produção de uma nova ração para alimentação do gado leiteiro, a Witmarsum explicou a não vabilidade no momento atual devido a não regularidade de fornecimento que tal estratégia de P&D requer para o produto em questão.
A solução encontrada em conjunto com a COOPERBIOBRASIL é encontrar produtores isolados na região paranaense que queiram realizar a mistura da torta de girassol na alimentação de seu gado leiteiro.
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